sábado, 4 de fevereiro de 2012

Uma crítica ao sistema educacional brasileiro - parte 1

É um sistema atrelado à política. Um sistema relativamente novo, considerando a formação do Estado brasileiro e também a recente história da nossa democracia.

Vindo de uma ditadura militar, considero que estamos em busca de um modelo educacional que venha atender às reais necessidades do nosso povo. é fato que ainda não se tem no Brasil e ao alcance de todos uma oferta de formação cultural que atenda as aptidões particulares de cada pessoa.

É fator preocupante a luta desordenada do governo em obter os melhores índices na educação brasileira, isto acarreta em mediadas emergenciais que não são, na maioria das vezes, incorporadas pelos professores. São incentivos que contemplam os alunos e seus familiares e deixam fora o professor que é ator importante no processo pedagógico. Defendemos medidas motivacionais que venham contemplar todos os segmentos da escola pois assim todos imbuídos num mesmo sentimento trabalharão para alcançar objetivos comuns.

Recordo-me que no ano de 1998 foi deflagrada uma campanha nacional através das mídias da época intitulada "Toda criança na escola". As matrículas aumentaram, as salas de aula superlotaram, o trabalho do professor aumentou e ficou por isso mesmo. Como recompensa ao professor logo em seguida veio a determinação do governo: "O professor precisa trabalhar mais o aluno para diminuir a índice de reprovação". Exigência...

Constata-se muitos programas voltados para as famílias, alunos, melhoria dos prédios escolares, merenda escolar, implementação das tecnologias na escola, no entanto, não há investimentos na pessoa do professor. Era preferível que as tecnologias chegassem primeiro na casa do professor para depois chegarem na escola. Isto poderia acontecer através de programas especiais que privilegiassem o professor, então, uma vez internalizado por ele, a utilidade do mesmo, sentiria a necessidade de utilizá-los na sala de aula. Este seria o momento do governo enviar para as escolas. O que se vê é exatamente o contrário.

O profissional da educação não deve utilizar a tecnologia apenas para não ser visto como retrógrado e sim vendo-a como imprescindível para a melhoria da qualidade do seu trabalho.

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