quarta-feira, 14 de março de 2012

O papel do cristão na sociedade enquanto sal da terra e luz do mundo


As expressões sal da terra e luz do mundo têm uma abrangência ilimitada e o cristão deve ter consciência desta realidade enquanto agente de influência neste contexto. É interessante considerar que é de responsabilidade do cristão se impor diante do sistema corrupto que impera no mundo.
O ser humano vai mal em toda a sua estrutura e urge a necessidade de oferecermos alternativas de solução nos seus mais variados aspectos:
  1. Econômico, há uma busca insaciável pelos bens materiais o que leva o homem a desconhecer os valores morais, sociais e espirituais, é o homem empreendedor que se esquece dos valores éticos e até mesmo da sustentabilidade das condições de vida na terra. Enquanto isto, a Bíblia brada  Mt. 6.19 não ajunteis tesouros na terra onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. O cristão deve se manter pautado pelo ensino da Bíblia dando bom exemplo.
  2. No campo social há degradação da família imposta pelo ritmo da pós-modernidade e altamente disseminado pela mídia em que as pessoas se submetem cegamente sem atentar aos horrores provocados. No entanto a Bíblia brada em Rm. 12.2 não vos conformeis com este mundo. O cristão deve seguir os padrões bíblicos, impor o seu próprio modelo de vida e ser diferente desta geração perversa.
  3. No campo espiritual, o homem é indiferente, frio quanto aos valores espirituais,dita suas próprias regras e em nome de uma falsa liberdade vive dissolutamente ao seu bel prazer, obedece mais á criatura do que ao criador. Enquanto isto a Bíblia é enfática quando diz “Somente a Deus adorarás e somente a Ele darás culto". É o que o cristão deve incorporar e vivenciar no seu dia a dia, plena submissão a Deus e uma vida de louvor e adoração ao Senhor, portando-se como sal e luz.
  4. No campo político, surge a necessidade de atentarmos com mais cuidado. A igreja tem encarado este tema tal como nas décadas anteriores encarou o uso do rádio e da televisão com total indiferença e os tais meios de comunicação que poderiam ter sido utilizados para a benção deixamos ser usados para a maldição, hoje queremos ter acesso e encontrarmos grande dificuldade.

Quando atualmente tratamos de política a crentes mais conservadores ouvimos a frase: "sangue de Jesus, a política é maldita e corrupta assim como todos que estão nela". Ainda há os alienados que não creem numa forma diferente de se fazer política dizem que “a sociedade já está acostumada com o tipo tradicional e não está preparada para a mudança".      

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Uma crítica ao sistema educacional brasileiro - parte 3

Quero criticar com veemência o critério avaliativo utilizado nas escolas públicas do Ensino Médio no estado do Maranhão em que o aluno, por exemplo, que tem uma média anual de três pontos ainda dispõe de oportunidade com larga chance de ser aprovado, pois numa possível prova de recuperação ele pode adquirir uma nota 7 (sete) o que anula todo o histórico degradante do aluno e lhe concede a aprovação. Temos atualmente alunos que sabedores desta possibilidade, negligenciam as aulas durante o ano e no final aparecem para fazer a recuperação obtendo "êxito". Que força tem o professor para exigir o empenho dos alnos durante o ano letivo em sua disciplina? Isto merece ser revisto pelo sistema de educação do estado.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Uma crítica ao sistema educacional brasileiro - parte 2

Podemos afirmar que no Brasil, atualmente, impera um modelo educacional equivocado ou pelo menos "desnorteado". Não há clareza do modelo de homem que se quer formar. Constata-se que há um interesse político exacerbado por parte do governo em apresentar à comunidade internacional os melhores índices o que não passa de números vazios sem a melhoria da qualidade de vida da nossa gente. Mas que atrai investimentos estrangeiros e fortalece a economia, no entanto, economia forte não significa educação forte nem tão pouco qualidade de vida. Nisto reside o equívoco dos nossos dirigentes em relação à educação e gera um dado desmotivador entre professores e alunos, implicando em um sistema educacional contemplando desde as suas particularidades até ao seu quadro mais geral.

Ressalta-se ainda, a importação de modelos educacionais implicando na queima de etapas. O Brasil tem o hábito de querer imitar. Em educação, isso não funciona, cada país tem que construir o seu modelo de educação a partir dos seus erros e acertos, ou seja, com suas próprias experiências. Precisa ser um processo gradativo de amadurecimento até ter firmeza daquilo que está fazendo. Assim aconteceu com todos os países que já alcançaram o seu estágio de desenvolvimento. Para todos, a base foi sempre a educação. Lamentamos dizer que, no Brasil, ainda não se acredita que educação gera desenvolvimento. Teoricamente até se ouve falar neste sentido, mas a prática anda muito distante.

Uma crítica ao sistema educacional brasileiro - parte 1

É um sistema atrelado à política. Um sistema relativamente novo, considerando a formação do Estado brasileiro e também a recente história da nossa democracia.

Vindo de uma ditadura militar, considero que estamos em busca de um modelo educacional que venha atender às reais necessidades do nosso povo. é fato que ainda não se tem no Brasil e ao alcance de todos uma oferta de formação cultural que atenda as aptidões particulares de cada pessoa.

É fator preocupante a luta desordenada do governo em obter os melhores índices na educação brasileira, isto acarreta em mediadas emergenciais que não são, na maioria das vezes, incorporadas pelos professores. São incentivos que contemplam os alunos e seus familiares e deixam fora o professor que é ator importante no processo pedagógico. Defendemos medidas motivacionais que venham contemplar todos os segmentos da escola pois assim todos imbuídos num mesmo sentimento trabalharão para alcançar objetivos comuns.

Recordo-me que no ano de 1998 foi deflagrada uma campanha nacional através das mídias da época intitulada "Toda criança na escola". As matrículas aumentaram, as salas de aula superlotaram, o trabalho do professor aumentou e ficou por isso mesmo. Como recompensa ao professor logo em seguida veio a determinação do governo: "O professor precisa trabalhar mais o aluno para diminuir a índice de reprovação". Exigência...

Constata-se muitos programas voltados para as famílias, alunos, melhoria dos prédios escolares, merenda escolar, implementação das tecnologias na escola, no entanto, não há investimentos na pessoa do professor. Era preferível que as tecnologias chegassem primeiro na casa do professor para depois chegarem na escola. Isto poderia acontecer através de programas especiais que privilegiassem o professor, então, uma vez internalizado por ele, a utilidade do mesmo, sentiria a necessidade de utilizá-los na sala de aula. Este seria o momento do governo enviar para as escolas. O que se vê é exatamente o contrário.

O profissional da educação não deve utilizar a tecnologia apenas para não ser visto como retrógrado e sim vendo-a como imprescindível para a melhoria da qualidade do seu trabalho.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A queda do Ribeiro

Autor: Raimundo Ribeiro da Silva


Caro amigo leitor
agora preste atenção
eu vou contar uma história
que causa admiração
que aconteceu comigo
nas matas do Maranhão

Em 1º de novembro
Dia de Todos os Santos
caiu dia de domingo
juntou-se dois dias santos
eu saí para esperar
sem pensar de sofrer tanto

Sentei-me entre dois galhos
era uma tarde fagueira
sem saber que neste dia
era a queda do Ribeiro

Quando foi pelas seis horas
da tarde do mesmo dia
suntei chiar lá no mato
conheci que era a cutia
vinha escondida no mato
era de longe eu não via

Apanhei a espingarda
resolvi atirar
porém a bicha correu
adiante ouvi escarrar
naquele mesmo momento
me avechei pra me apiar

Quando eu fui me apiando,
ouvi o pau estalar
só fiz gritar oh! meu Deus,
agora vou me acabar
quando eu bati no chão
senti os osso estralar

Levantei muito cansado
sentindo grande fadiga
era uma coisa estranha
sentindo dor na barriga
dizia meu Deus do céu
será que tu me castigas?


Desci de ladeira abaixo
tremendo com muito medo
de me enganchar e cair
naquele grande degredo
até que pude sair
na estrada do mel azedo

Quando saí na estrada
ainda todo doído
passando a mão na barriga
doía até os ouvidos

Quando cheguei lá em casa
foram todos surpreendidos
Por verem a minha agonia
faltando até o destino
sempre fazendo prece
ao grande juiz divino

Aí mandei Bastião
ir atrás de Sivirino
pegou sua bicicleta
saiu em toda carreira
pensando naquela queda
que a coisa não era asneira

Quando chegou Sivirino
tinha ido pra Traqueira
partiram para o Centrão
pra ir me buscar lá
às nove horas da noite
viemos de lá pra cá

E quando cheguei em casa
ainda passando mal
muita gente me dizia
que era meu dia final

Porém, tiramos direto
vim parar no hospital
era o doutor Everaldo
que ali veio me engessar
e disse seu Raimundão
você não vai morrer não
agora vai escapar.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Homenagem ao Dia do Professor

Ser professor é uma profissão:

  1. Nobre: porque trata da preciosidade do conhecimento.
  2. Excelente: porque produz sabedoria.
  3. Solidária: porque ajuda as pessoas.
  4. Provedora: porque dela provém sustento financeiro.
  5. Autônoma: porque tem funcionalidade própria.
  6. Soberana: porque não depende de nenhuma outra profissão para sua formação.
Justificativas

Para ser médico é imprescindível a figura do professor, como também para ser advogado, engenheiro, enfermeiro, veterinário, economista. No entanto, para formação do professor não se faz necessário nenhuma dessas.


Parabéns ao professor pelo seu dia!

sábado, 24 de setembro de 2011

A filosofia de funcionamento da farinhada Badé

Cheguei ao Badé por volta de 2001 onde me instalei com o propósito de desenvolver a pecuária. Desenvolvi todas as atividades que me davam suporte para isto, adquiri alguns animais que ao longo do tempo vêm prosperando.

Naquela comunidade muito me incomodava a reclamação de seus moradores sobre a dificuldade do beneficiamento da mandioca, pois teriam que se deslocar uma distância de quatro quilômetros até o povoado Paul, o que encarecia muito o transporte, pois teriam que pagar frete para transportar tanto a mandioca como a lenha. O sonho deles era que em um dia promissor pudessem ter uma fábrica de farinha no seu próprio povoado (Badé) para que, além de diminuir os gastos com o produto, pudessem também ter uma fonte de renda com as atividades que são desenvolvidas numa farinhada.


Em um povoado sem eletrificação ficava impossível a realização de tal sonho, no entanto, movido com a situação daquela comunidade, assumi o compromisso de que a farinhada seria instalada logo que chegasse a energia no povoado. Foi então que no ano de 2009, através do programa Luz para Todos do governo federal, a luz raiou no povoado Badé e logo cumpri o meu compromisso nesse mesmo ano.

Instalei uma fábrica de farinha composta de quatro fornos elétricos, uma prensa hidráulica, uma quebradeira de mandioca, uma quebradeira de massa com peneira e uma quebradeira de massa grolada. Os motores roncaram, a mandioca foi quebrada e a farinha foi torrada finalmente no povoado Badé!
Prensa hidráulica
Quebradeira de mandioca

Quebradeira de massa grolada
Quebradeira de massa com peneira




Fornos elétricos
Forno funcionando a pleno vapor.














No final da primeira semana de produção, dirigimo-nos à feira para comercializar o nosso produto, foi aí que surgiu a dúvida (hai!) como será chamado o nosso produto? (HAI!) Farinha do Badé ou farinha do Paul? Assumi a responsabilidade e bati o martelo: é FARINHA DO BADÉ!
Para garantir a patente, investi na qualidade tanto do espaço físico como da matéria-prima passando a lavar as raízes de mandioca antes de serem quebradas, sendo a única farinhada da região a ter esse cuidado com a higiene. Isto baseado na frase:
Farinha não se lava, a limpeza começa e termina na farinhada.

Isto resultou na qualidade que sobrepujou todas as demais produções da região, somando-se também com o grau de torração adequado que deixa o produto branco, crocante, tornando-se uma grosseria chamá-lo de farinha, usamos chamar creme de mandioca

O investimento valeu aos produtores chegarem a vender o produto com uma fatura de até 10 reais além do preço da concorrência.

Para garantir o aproveitamento total da matéria-prima, seguimos a seguinte filosofia de trabalho:
Lutamos para evitar desperdício: a mandioca pequena dá farinha igual a grande.

Isto assegurou aos produtores, na prática, que o seu produto ao chegar na farinhada seria bem cuidado e bem aproveitado.

Hoje não temos mais dúvida, é consenso entre os moradores e todo mercado consumidor de que a farinha de mandioca Badé
Esfria o que está quente
Engrossa o que está fino
Aumenta o que está pouco
E enche a pança

De fácil cultivo e manejo, aliado à qualidade do produto, além de um mercado promissor com uma valorização crescente do produto final; vem crescendo cada vez mais o plantio de mandioca na região como entendimento da filosofia:

Me plante no pó,
Me cubra bem o nó,
Me trate no limpo,
Espia, se eu minto!?


Neste ano de 2011, temos uma agenda intensiva que iniciou no mês de julho com uma projeção ao mês de outubro sem interrupção, o que comprova a credibilidade dos produtores no cultivo, no beneficiamento do produto e na sua rentabilidade crescente.


Se você quer consumir farinha de qualidade, com limpeza garantida, quebradinha e crocante: no atacado você encontra nas dependências da farinhada do Badé e no varejo você encontra no Comercial Mendes (Oscar), Comercial São Luís, Mercadinho Tenório, Comercial Barroso, Supermercado Frank. Destacando ainda que no Speto du Galdino a farinha do Badé faz parte do cardápio.
Confira mais fotos da farinha Badé: